segunda-feira, 26 de maio de 2008

Impressões de uma noite na balada

Por fora o lugar parecia feio, constava apenas o letreiro eletrônico indicando o andamento da festa. A fachada era crua e preta, o que, creio eu, deve-se à recente legislação promulgada na cidade de São Paulo. Nada como a iluminação pra dar outros ares ao ambiente interno, visto que a arquitetura do lugar era bastante simples (exceção feita ao mezanino, oportunidade perfeita para algum ato desesperado).

Pego o primeiro drinque. O whisky com energético estaria bom, não fosse o exagero de gelo que era colocado. Custo a acabar a bebida, que, por sua vez, não cumpriu o papel que cabe a qualquer bebida numa casa cheia de adolescentes dispostos a fazer aquilo que dizem fazer o tempo todo.
Decido dar um tempo para beber outra coisa. É humilhante dizer mas o divertimento fica dependente de umas doses de álcool. Os amigos que chegaram comigo já não se encontravam mais em minha companhia, me vi só num mar de gente.

Uma coisa interessante de baladas remete a esse aspecto. Talvez minta, mas creio que passo metade da balada andando por entre as pessoas. E ando por vários motivos: por não ter outra coisa pra fazer; por esperar alguma garota na mesma situação; para ir ao banheiro; para encontrar algum amigo (que muitas vezes finge que não te vê e logo se esquiva evitando uma abordagem direta). Quando finalmente encontro alguém fico balançando meu corpo em movimentos toscos, ora olhando pra pessoa, ora bebericando o ar no meu copo vazio. A solidão é então inevitável, como se o tempo não passasse. Para fingir ação, comento que vou ao bar providenciar alguma bebida.

As baladas “comuns” são nada mais que uma tentativa de preencher expectativas minhas para com uma vida mais “viva”. Tentar conhecer pessoas que sempre tive vontade de conhecer, me aproximar daquela garota, ficar alegre e esquecer dos problemas... Todas as oportunidades estão lá. Seja lá por que razão, nenhum dos objetivos predefinidos é alcançado. O que de fato acontece é que fico cansado, frustrado e sujo.

Apesar de tudo o que disse acima, continuo a frequentar as baladas. Não consigo me livrar delas, a expectativa sempre supera a razão. Ao menos tenho a música, que, sempre em volumes estratosféricos, me inebria corpo e alma. Mas resigno-me, talvez no fundo eu goste de toda essa situação.
Concordo com uma amiga (por quem aliás nutro sentimentos de caráter mais íntimo e que me fez voltar pra casa contente na manhã seguinte, pelo simples fato de poder conversar com ela no caminho de volta desse mesmo evento que aqui relatado) que diz que prefere bares a baladas. Trata-se, mais uma vez, de uma questão de opinião. Ou talvez algo mais...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Top Ten George W. Bush Moments

É interessante a maneira como lidamos com uma figura pública, principalmente quando se trata de homems que exercem a política como profissão. Comumente chamados de pilantras, mentirosos, corruptos e outros tantos mais, os políticos são de vital importância para a sociedade e para a democracia, mas são muitas vezes tratados de maneira preconceituosa (inclusive por mim). Não há aqui qualquer intenção de defender essa classe de indivíduos, fiz apenas uma constatação.

No caso do presidente norte-americano, há algumas peculiaridades. Talvez em razão de sua política externa é mal visto pela maioria da população mundial. Talvez em função de sua origem interiorana é alvo de deboche e piadas.

Como hoje é véspera de feriado prolongado, vamos exercitar o riso.



Seria interessante fazer algo parecido no Brasil. "Top 500 Lula Moments"...
Há tempos que tinha a intenção de montar um blog, para que finalidade exata não sei. Talvez seja por pura inveja de outros blogs. Talvez por não ter nada mais interessante pra fazer na internet.

Já me disseram que blogs inteligentes (ou que almejam ser, como este) são um algo a mais no mercado de trabalho. Provavelmente o entrevistador já está cansado dos modelitos produzidos nas universidades e quer agora saber o que fazemos nas tardes de domingo.O mundo parece estar mudando, embora tudo esteja igual.

Espero que o blog sirva pelo menos de passatempo para algum leitor despreocupado, passando por aí, pelas janelas que os links abrem.