domingo, 4 de outubro de 2009

O piano de Chopin


                                                                                                         Fryderyk Franciszek Szopen


Chopin, como é conhecido por nós, nasceu na Polônia em março de 1810 e faleceu em Paris, em 1849, aos 39 anos. Acredita-se que a causa tenha sido a tuberculose.

Comecei a ouvir alguma coisa de Chopin há uns 4 anos atrás. Aconteceu que eu passava pelo sebo, onde tinha ido comprar um livro para o vestibular. Como a mulher não dispunha de troco no momento, concordei em comprar um CD por R$5,00. Com um pouco de pressa, escolhi o de Chopin, que trazia alguns noturnos e polonaises na contracapa. Curioso foi o fato de eu nem saber quem era Chopin, nem mesmo sabia que a "Marcha Fúnebre" era de sua autoria. Mas, por alguma razão, escolhi ele e não outro.

Atribui-se a Chopin o título de romântico, no contexto da periodização da história da música. Não tenho gabarito pra discursar a fundo sobre isso, e acho que nem tentaria se tivesse.
Fica aqui apenas a referência e a minha recomendação aos amantes do piano e de toda a sua particularidade. A música que separei é, justamente, uma das presentes no meu primeiro contato com o polaco. Trata-se de seu Noturno No. 13 (Opus 48 No.1) em Dó Menor, interpretado pelo pianista russo Nicolai Luganski.
É um dos noturnos que mais aprecio, definitivamente. Na interpretação de Luganski, ganha o corpo que tem. É ao mesmo tempo paz e caos, dia e noite, serenidade e raiva, nos levando para onde a mente quiser.

Nas palavras do pianista polaco Arthur Rubinstein:
"Chopin era um gênio de enlevo universal. Sua música conquista as mais distintas audiências. Quando as primeiras notas de Chopin soam por entre o salão de concerto, há um feliz suspiro de reconhecimento. Todos os homens e mulheres do mundo conhecem sua música. Eles amam isso. Eles são movidos por isso. No entanto, não é uma "música romântica", no sentido byroniano. Não conta histórias ou quadros pintados. É expressiva e pessoal, mas ainda assim um arte pura. Mesmo nesta era atômica abstrata, onde a emoção não está na moda, Chopin perdura. Sua música é a linguagem universal da comunicação humana. Quando eu toco Chopin eu sei que falo diretamente para os corações das pessoas!"

O piano é como se fosse uma extensão de seu corpo. Reparem nas expressões de Luganski, em como seu corpo reage a cada nota tocada.



4 comentários:

Eduardo Humberto disse...

Olá Gabriel, tudo bem?
Há quanto tempo não passo por aqui, gostei dos textos que andou produzindo nesse período. Te invejo na forma que escreve, parece que estamos batendo um papo, quando na verdade estou lendo suas palavras, quando vou escrever tento fazer isso, mas acho que não consigo tão bem quanto você.
Interessante vc trazer essa menção ao Chopin, gosto muito da obra dele, tenho algumas coleções e ouço sempre que preciso refletir melhor sobre alguma coisa, atualmente estou participando como assistente de direção de uma montagem do texto "Valsa nº6" de Nelson Rodrigues, essa Valsa é de autoria do Chopin, é também conhecida como 'Valsa do Minuto'...
Continue escrevendo... não pare!

Abraços.
Eduardo

Inaudita disse...

Que linda interpretação! Essa é uma das minhas favoritas do Chopin.
Estou de volta à ativa no blog.

Beijo!

Hiromiiii^^ disse...

"O piano é como se fosse uma extensão de seu corpo." ...como se falasse com a alma...

Me tomou o pensamento...
Me fez lembrar dos momentos que não consigo conduzi-lo...

Beijão

Menelau disse...

Olá Gabriel,

Vale a pena aprofundar-se em Chopin. Ele é profundamente melodioso, com economia de notas. Como era Tom Jobim. Quando tiver oportunidade ouça as baladas. São maravilhosas.

um abraço