sábado, 20 de junho de 2009

Tendendo ao limite

Mais alguns pensamentos soltos, aos moldes dos escritos da Érica. Gostei de escrever desse jeito.
Aliás, me ocorreu agora que o que estou fazendo pode infringir direitos autorais...

Tem sido difícil manter a serenidade.
Sempre que te vejo, se torna bastante difícil manter a serenidade. Minha intenção era aproveitar cada oportunidade, cada mísero segundo, para tentar fazer as coisas direito, o que não tem se apresentado com facilidade. As palavras me escapam, o raciocínio se confunde, as mãos começar a coçar. Não sei se percebe, aliás. Espero que não.
Na sua presença, sempre procurei fazer aquilo que soasse mais natural. Sempre tentei me adequar àquilo que achava ser o que você esperava. Minhas poucas tentativas parecem ter sempre falhado. Não vejo contrapartida, não vejo retorno. Mas será que tenho que ver algum? Será que devo ser mais paciente? Será o tempo, o problema? Ou ainda, será que estou olhando pro lugar certo?
Talvez deva insistir um pouco mais! Talvez não...sinto me arrepender disso mais pra frente...Então até onde eu posso ir? Até onde posso me arriscar? Também sinto que me arrependerei se nada fizer...No limite, minha fraqueza parece ser maior. Quisera eu ter a determinação e a coragem pra me expor uma vez mais, pra deixar de lado a postura pessimista.
Apesar de assim parecer, ainda não obtive sucesso em digerir aquela conversa de "somos só amigos".

Por que é tão difícil me desvencilhar disso? Por que é tão difícil sentir a liberdade novamente? Por que é tão difícil me despedir de você sem ficar com a impressão de que tinha que ter te falado algo, mas não falei? Você já disse que não se tratava daquilo que eu imaginava. Mas eu insisto em achar que você não quis escrever aquelas palavras. Insisto em querer acreditar que a vela ainda não apagou, que é só proteger um pouco que ela acende de novo. Sim, ainda gosto muito de você e ainda não me convenci de que seguiremos caminhos completamente distintos. E dessa incerteza nasce a esperança. Mas lembremo-nos que da esperança também nasce a frustração...
Tenho criado o hábito de diariamente reparar a minha máscara, que tem se desgastado com facilidade nos últimos tempos. E confesso que já estou cansando. Não quero mais usá-la, preciso respirar ar puro, preciso sentir o vento bater no rosto. Nem que para isso tenha que tirá-la à força. Pode sangrar um pouco, mas depois cicatriza, sem grandes problemas. Afinal de contas, a vida continua e sempre continuará, de um jeito ou de outro.

4 comentários:

Daniela Rodrigues Badra disse...

Nossa,Gabriel, te entendo PERFEITAMENTE !
Beijos

Érica disse...

Engraçado como pensamentos diferentes podem expressar uma mesma coisa... ler os seus textos me faz sentir ainda mais curiosa pelo sua complexidade!

confesso sinto cada vez mais uma saudavel inveja de voce!

lindo demais!

bjoss

Déia disse...

Gabriel, você sabia que a pérola nasce quando entra um grão de areia na ostra lhe causando enorme irritação e dor?
Enquanto lá dentro ela se contorce toda,sofre lesões, na tentativa de se livrar desse mal...e aos poucos, depois de muito sofrimento, aquela areinha vira pérola!
Grande lição né?

Eduardo Humberto disse...

Olá Gabriel!... tudo blz?
Vc não me conhece, estive viajando
pelo mundo dos blogs e acabei
chegando no seu, e conseqüentemente no seu post
do dia 10/06 com o texto "Dos amores e suas Desconstruções", gostei bastante, foi muito bem escrito e faz muito sentido
para o momento que estou vivendo
atualmente.

Já sou seu seguidor.
Aproveitando te convido a visitar o meu blog.

OBS: Caso vc me autorize, queria publicar o seu texto no meu blog.

Abraço! t+